John
Macarthur, falando sobre a santidade de Deus, disse:
“Se quisermos ver Deus como Ele realmente é –
vê-lo como revelado em Sua Palavra - devemos entender e reconhecer este fato
fundamental: Deus é santo”.
A
palavra hebraica usada no Antigo Testamento para “santo” é qadosh, cujo significado é cortar, separar. No Novo Testamento, a
palavra usada é hagios, e também
corresponde a separar.
Walther Eichrodt (1890 – 1978),
estudioso do Antigo Testamento, definiu santo como aquilo que é “separado”,
retirado do uso comum.
Com isso, ele afirma que santo não é
simplesmente a conotação de qualidade moral ou ética. O termo também pode ser
usado em referência a algo separado por Deus para um fim especial. No Novo
Testamento, a santidade adquire um sentido de pureza ética ou libertação do
pecado.
A santidade de Deus é majestosa, ou
seja, Deus é essencialmente santo. Ele é completamente separado, não se
confunde com nada da sua criação. Deus não tem pecado. Não há outro padrão no
qual possa se espelhar, porque Ele próprio é esse padrão. Também não existe um
determinado grau de santidade nEle, pois Ele é completo em Si mesmo.
Isaías
6.3 diz: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está
cheia da sua glória”.
Davi
escreveu no Salmo 111.9: “Santo e tremendo é o teu nome”.
Moisés
em Êxodo 15.11 diz: “Quem é como tu, glorificado em santidade”.
Os autores bíblicos descreveram uma santidade que é
essencialmente divina; algo tão completo que só existe no ser absoluto.
Existe também em Deus uma santidade moral, a partir
da qual Ele estabeleceu leis para toda a sua criação.
Louis Berkhof define a santidade moral de Deus como
“aquela perfeição divina em virtude da qual Deus eternamente quer e mantém sua
excelência moral, aborrecendo o pecado e exigindo pureza de suas criaturas
morais”.
Pelo fato de Deus ser santo, o homem pode ter
certeza da veracidade da Sua palavra. Aquilo que Deus revelou nas sagradas
Escrituras irá se cumprir cabalmente.
O
Salmo 89.34-37 diz: “Não violarei a minha aliança nem modificarei as promessas
dos meus lábios. De uma vez para sempre jurei pela minha santidade, e não
mentirei a Davi, que a sua linhagem permanecerá para sempre, e o seu trono
durará como o sol; e será estabelecido para sempre como a lua, a fiel
testemunha no céu”.
A santidade de Deus também manifesta o pecado humano e exige
que o homem seja punido, pois quebrou as leis divinas. Se o Senhor não exigisse
punição pelo pecado, não seria santo, pois estaria compactuando com o homem
pecador. Essa punição foi paga pelo próprio Deus, que em Cristo Jesus se fez
carne e levou sobre si todas as nossas iniquidades (Isaías 53.7). Através do
sacrifício realizado na cruz do calvário, Jesus Cristo satisfez completa e
definitivamente a santa e a justa ira do Pai ofendido.
Só nos resta proclamar: Maravilhosa santidade
divina que nos faz enxergar o pecado e nos constrange ao arrependimento pelo
poder do Espírito Santo. Maravilhosa santidade divina que exige punição para o
pecador. Maravilhosa santidade divina que “separa” para Deus todo aquele que
tem fé salvadora em Jesus.
PR. MÁRCIO LOPES
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