IGREJA DE CRISTO DEUS É LUZ – 23/10/2013
TEMA: O PERIGO DO MUNDO E A COMUNHÃO COM
DEUS
TEXTO: 1 JOÃO 2.15-17
INTRODUÇÃO
Os crentes para quem
o apóstolo João escreveu esta carta estavam sendo confrontados com uma forma
primitiva da doutrina gnóstica.
O gnosticismo era uma
doutrina libertina, que repudiava todas as restrições morais e também negavam a
natureza humana de Cristo.
O apóstolo João
escreveu a carta com dois objetivos básicos: primeiro, desmascarar os falsos
mestres e segundo, dar aos crentes a certeza da salvação em Cristo Jesus.
No texto que tomamos
como base para a nossa reflexão, encontramos uma advertência enérgica acerca do
mundo e de todos os seus caminhos falsos e uma razão para essa advertência.
I. A ADVERTÊNCIA SOBRE O PERIGO DE AMAR O MUNDO
E O QUE NELE HÁ – 2.15a.
Na primeira parte do
versículo 15 somos explicitamente advertidos a não amar o mundo nem as coisas
que estão no mundo.
O que é o mundo no texto bíblico?
No texto bíblico, podemos entender o termo mundo de três
formas:
1. O mundo das pessoas (João 3.16);
2. O mundo criado (João 17.24);
3. O mundo do pecado (Tiago 4.1-4).
O mundo
no texto de João é o sistema mundial no qual satanás organizou a humanidade
caída segundo seus princípios de oposição a Deus, com orgulho, egoísmo e
ambição.
O mundo
que João está descrevendo não é uma referência ao mundo físico e material, mas
ao sistema espiritual invisível do mal dominado por satanás e tudo o que ele
oferece em oposição a Deus, a sua Palavra e ao seu povo.
II.
A RAZÃO DA ADVERTÊNCIA SOBRE O PERIGO DE AMAR O MUNDO E O QUE NELE HÁ – 2.15b-17.
1. O amor pelo mundo exclui o amor a Deus, 15b.
“Se alguém ama
o mundo, o amor do Pai não está nele”.
O cristão genuíno cuja marca é o amor e a
obediência a Deus, não pode amar a Deus e ao mesmo tempo ser apaixonado pelo
mundo e pelo o que ele oferece.
Não há meio-termo entre essas duas alternativas
para alguém que se diz nascido de novo.
Os falsos mestres da época de João não tinham esse
tipo de amor singular, mas se dedicavam à filosofia e a sabedoria do mundo,
revelando, com isso, o seu amor pelo mundo e a sua condição de não salvos.
Matus 6. 24 diz: “Ninguém pode servir a dois senhores;
porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e
desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Embora as filosofias e ideologias do mundo, assim
como muitas coisas que ele oferece, possam parecer atrativas e interessantes,
isso é ilusão.
A verdadeira natureza do mundo é maligna, nociva,
destrutiva e satânica. Suas teorias mortais levantam-se contra o conhecimento
de Deus e mantêm cativa a alma humana (2Co. 10.3-5).
2. O amor pelo mundo abarca o desejo da carne, dos olhos e o orgulho dos
bens – 2.16.
O apóstolo João trabalha em cima de três argumentos
para respaldar a razão pela qual os crentes não podem amar o mundo nem o que
nele há:
a. A cobiça da carne – que se refere aos apetites sensuais do corpo que
procedem de nossa natureza pecaminosa e perversa;
b. A cobiça dos olhos – aplica-se aos desejos malignos suscitados por aquilo
que vemos.
c. A ostentação dos bens – que é o anseio pecaminoso por proeminência e
glória.
Esses três elementos da mundanidade são
exemplificados no pecado de Eva.
O fruto da árvore era bom para se comer: a cobiça da carne. Era agradável aos olhos: a cobiça dos olhos. Era desejável para dar
entendimento: a ostentação ou soberba da vida.
Meus irmãos, assim como o diabo se opõe a Cristo e
a carne é hostil ao Espírito, o mundo é contrário a Deus.
A sensualidade, a cobiça e a ambição não procedem
de Deus, mas sim do mundo. A mundanidade é o amor pelas coisas passageiras nas
quais o coração humano jamais encontrará satisfação.
3. O mundo é passageiro e impermanente – 2.17a.
O cristão também não deve amar o sistema satânico do
mundo por causa da natureza temporária desse sistema. Ele está num processo
contínuo de desintegração, de destruição.
Os investidores prudentes não depositam dinheiro
num banco prestes a quebrar.
Os construtores inteligentes não edificam sobre uma
fundação instável.
4. O cristão que faz a vontade do senhor permanece para sempre – 2.17b.
Em contraste com o mundo passageiro, a vontade de
Deus é permanente e imutável. Aqueles que obedecem à vontade de Deus permanecem
eternamente em sua presença.
Enquanto Deus oferece a vida eterna aos seus
filhos, aqueles que o receberam e fazem a sua vontade, a era presente está
condenada.
CONCLUSÃO
Não devemos amar o mundo nem o que ele oferece, mas
a Deus, demonstrando esse amor fazendo a sua vontade.
PR. MÁRCIO LOPES
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